domingo, 3 de julho de 2011

Confiança...







Não nascemos sabendo, apenas confiando.
Confiamos nos braços que nos erguem do berço e nos acolhem
Nas palavras que nos ensinam, nos passos adultos que nos guiam
Confiamos no beijo que sara o dedo machucado
Que guardarão nossos segredos e cumprirão todas as promessas
Confiamos no amigo que pede emprestado o brinquedo para devolver depois
No super herói que detêm todos os bandidos
No amor eterno do primeiro namorado
Na estrela cadente que realiza os desejos

Crescemos e nos tornamos sabidos
Muitas coisas acontecem e nos ensinam a desconfiar
Braços que se cruzam e nos negam apoio
Palavras ditas da boca pra fora
Pessoas que nos conduzem a becos sem saída
Beijos que ferem, segredos violados, promessas quebradas
Amigos que tomam algo emprestado e nunca mais devolvem, somem
Heróis vira casacas
Amores que juram durar até o fim da vida, mas terminam no meio do caminho
Falsos brilhos decadentes.

Mas a confiança é parte da nossa natureza
E, aconteça o que acontecer, nunca deixamos de confiar
Que haja braços sempre abertos
Que as palavras sejam de desculpas, os passos nos levem de volta para casa
Os beijos sejam de reconciliação
Que os segredos sejam esquecidos, as promessas, jamais
Que os amigos sempre se lembrem de nós
Os heróis se redimam, os amores revivam
E que sempre haja uma luz.
Uma voz nunca deixa de dizer dentro de nós: confia!
Pois confiar é uma forma de saber que em nossa essência vive a criança que nada sabe, apenas confia.

Poema extraído do livro Confiança: a chave do sucesso pessoal e empresarial (Leila Navarro e Jose Maria Gasalla)

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