sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A Lenda do Perdão



Conta uma antiga lenda que existia uma cidade onde a palavra perdão nunca existiu. As pessoas eram, portanto, donas da verdade, arrogantes e sofriam de uma terrível moléstia, o complexo de superioridade.

A convivência era bastante complicada porque todos se consideravam perfeitos e com isso não enxergavam, nem admitiam seus defeitos, erros ou equívocos.

Nessa cidade reinava a vaidade, a competição e a inimizade, por mais que elas andassem disfarçadas por detrás de sorrisos e manifestações de afeto.

Um dia uma mulher, vinda de outra cidade, foi morar lá.

Todas as tardes ia até a padaria e na volta sempre passava por uma praça onde um grupo de rapazes jogava bola.

Seu trajeto seria bem menor se ela cruzasse a praça, mas para não atrapalhar o jogo deles ela fazia o seu caminho contornando a praça.

Claro que nenhum deles nunca percebeu ou deu valor à sua gentileza.

Naquela cidade muito poucos entendiam desse assunto.

Certo dia essa mulher estava cheia de preocupações, com a cabeça bastante perturbada e na volta da padaria não se deu conta do caminho que tomou e atravessou a praça no exato momento em que um dos rapazes ia fazer um gol.

O jogo parou, todos se olharam e o tal jovem, muito bravo, perguntou a ela:

— A senhora não está vendo o que fez? Que falta de atenção, até mesmo de consideração! Custava dar a volta na praça?

E ela respondeu:

— Há cerca de seis meses que todos os dias eu dou a volta na praça para não atrapalhar o jogo de vocês. Hoje, no entanto, eu confesso que me distraí. Estava muito envolvida com meus pensamentos. Peço a todos vocês perdão por isso.

Ninguém entendeu o que ela quis dizer e um dos meninos perguntou:

— Perdão? O que é perdão? O que ela significa?

— Perdão é um ato de humildade, embora alguns julguem ser um ato de humilhação.

Os meninos foram para suas casas muito pensativos e contaram a seus pais sobre o perdão.

Errar, cometer injustiças, tomar atitudes precipitadas que podem prejudicar e magoar terceiros são coisas das quais todo ser humano está sujeito. Reconhecer seus erros e pedir perdão, no entanto, nem todos os seres humanos são capazes.

Para isso é necessária uma enorme dose de humildade, um coração sensato e um espírito elevado.

Só os grandes sabem pedir perdão!

Dizem que aquela cidade anda muito diferente, mais alegre, as pessoas mais amigas, menos rivalidades e que todos além de terem aprendido a pedir perdão, agora também estão aprendendo a perdoar.

A importância do perdão


O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.

Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:

- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito isso comigo. Desejo tudo de ruim para ele.

Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente, o filho que continua a reclamar:

- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.

O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado.

Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:

- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.

Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:

- Filho como está se sentindo agora? Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.

O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:

- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos.

O pai, então, lhe diz ternamente:

- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você. O mau que desejamos aos outros é como o lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, as fuligens, ficam sempre em nós mesmos.

Cuidado com seus pensamentos; eles se transformam em palavras.
Cuidado com suas palavras; elas se transformam em ações.
Cuidados com suas ações; elas se transformam em hábitos.
Cuidado com seus hábitos; eles moldam o seu caráter.
Cuidado com seu caráter; ele controla o seu destino.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Perdão!

Uma nova chance


Havia um homem muito rico, possuía muitos bens, 
uma grande fazenda, 
muito gado e vários empregados. 
Tinha ele um único filho,
que, ao contrário do pai,
não gostava de trabalho nem de compromissos.

O que ele mais gostava era de festas,
estar com seus amigos e de ser bajulado por eles. 

Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer, depois o abandonariam. 
Os insistentes conselhos do pai lhe retiniam os ouvidos e logo se ausentava sem dar o mínimo de atenção. 

Um dia o velho pai,
já avançado na idade, 
disse aos seus empregados 
para construírem um celeiro e dentro do celeiro ele mesmo fez uma forca, e junto a ela, uma placa com os dizeres: 

" Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai". 

Mais tarde chamou o filho, o levou até o celeiro e disse: 

- Meu filho, eu já estou velho e quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é meu, e sei qual será o seu futuro. 
Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo dinheiro com seus amigos, irá vender os animais e os bens para se sustentar, e quando não tiver mais dinheiro, seus amigos vão se afastar. 
E quando você não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos.

É por isso que eu construí esta forca;
sim, ela é para você, e quero que me prometa que se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela. 

O jovem riu, achou absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu e pensou que jamais isso pudesse ocorrer. 

O tempo passou, 
o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, 
mas assim como se havia previsto, 
o jovem gastou tudo, 
vendeu os bens,
perdeu os amigos 
e a própria dignidade. 

Desesperado e aflito, 
começou a refletir sobre a sua vida 
e viu que havia sido um tolo,
lembrou-se do pai e começou a chorar e dizer: 

- Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido os teus conselhos, mas agora é tarde, é tarde demais.
- Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro, era a única coisa que lhe restava. 
A passos lentos se dirigiu ate lá e, entrando, viu a forca e a placa empoeirada e disse: 

- Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas pelo menos esta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me resta mais nada. 

Então subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço e disse:

- Ah! se eu tivesse uma nova chance ... 

E pulou, sentiu por um instante a corda apertar sua garganta, mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente, o rapaz caiu no chão, e sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes; 

A forca estava cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia: 

- Essa é a sua nova chance. Eu te Amo muito. 

Seu Pai

A fábula do porco espinho


“Durante a Era Glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos. Assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso, decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados.
Então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam, assim, a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
Dessa forma, puderam sobreviver.

Moral da História :
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele no qual cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.

"A pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos.(...) já que a vida é repleta de momentos incertos."
 
(Neruda)

A lição do pato


Havia um pequeno menino, chamado Johnny, que visitava seus avós em sua fazenda, ganhou de presente um estilingue para brincar, ele praticou na floresta, mas nunca conseguiu acertar o alvo.
Desanimado, ele voltou para casa; no caminho devolta viu o pato de estimação da vovó... Num impulso, ele acertou o pato na cabeça e o matou!
Ficou chocado e triste! Em pânico, ele escondeu o pato morto na pilha demadeira!
Sally (sua irmã) tinha visto tudo, mas ela não disse nada.
Após o almoço no dia seguinte, a avó disse: "Sally, vamos lavar a louça".
Mas Sally disse:
" Vovó, Johnny me disse que queria ajudar na cozinha "
Em seguida, ela sussurrou-lhe: "Lembra-te do pato?" Assim, Johnny lavou os pratos.
Mais tarde naquele dia, o vovô perguntou se as crianças queriam ir pescar e a vovó disse:
"Me desculpe, mas eu preciso de Sally para ajudar a fazer o jantar".
Sally apenas sorriu e disse, "está tudo certo, porque Johnny me disse que queria ajudar".
Ela sussurrou novamente: "Lembra-te do pato?"
Então Sally foi pescar e Johnny ficou para ajudar.
Após vários dias Johnny fazendo o trabalho de Sally, ele finalmente não aguentava mais; chamou sua avó e confessou que tinha matado o pato.
A avó ajoelhou, deu-lhe um abraço e disse:
"Querido, eu sei... eu estava na janela e vi a coisa toda, mas porque eu te amo, eu te perdoei.
Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixá-Sally tornar você um escravo".

Lembre-se: Qualquer que seja o seu passado, o que você tem feito... O diabo fica jogando no seu rosto (mentir, enganar, a dívida, medo, maus hábitos, ódio, raiva, amargura, etc )....
seja o que for... Você precisa saber que:
Deus estava de pé na janela e viu a coisa toda!

Ele viu toda a sua vida ...
Ele quer que você saiba que Ele te ama e que você está perdoado.
Ele está apenas querendo saber quanto tempo você vai deixar o diabo fazer de você um escravo.
A grande verdade acerca de Deus é que, quando você pede perdão, Ele não só perdoa, mas Ele esquece o seu passado.

"OS OLHOS DO SENHOR ESTÃO SOBRE A TERRA..."
"É por Sua graça e misericórdia que somos salvos."

Um dia


Um dia, eu perdoei meu inimigo
e fui forte…
no outro eu pedi perdão
e fui grande.

Um dia, mostrei minhas razões
e fui eloqüente…
no outro, ouvi meu próximo
e fui humano.

Um dia, lutei pela minha causa
e fui bravo..
no outro, lutei pela causa alheia
e fui gente.

Um dia, batalhei pelo que queria
e fui perseverante…
no outro, dividi o pão
e fui rico!

Um dia, recebi aplausos
e fui admirado…
no outro, fiz o bem em silêncio
e os anjos me aplaudiram.

Um dia, usei a inteligência
e fui respeitado…
no outro, usei o coração
e fui amado!

A ostra e o grão de areia


Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas. 
As pérolas são uma ferida curada. 

Pérolas são produto da dor, 
resultado da entrada de uma substância estranha
ou indesejável no interior da ostra,
como um parasita ou um grão de areia. 

A parte interna da concha de uma ostra
é uma substância lustrosa chamada nácar. 
Quando um grão de areia penetra, 
as células do nácar começam a trabalhar 
e cobrem o grão de areia com camadas e 
mais camadas para proteger o corpo indefeso da ostra.

Como resultado, uma linda pérola é formada. 

Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, 
não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada. 

Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo? 
Já foi acusado de ter dito coisas que não disse? 
Suas idéias já foram rejeitadas? 
Então produza uma pérola... cubra suas mágoas 
e as rejeições sofridas com camadas e camadas de amor. 

Lembre-se apenas de que uma ostra que não foi ferida, 
não produz pérolas, pois uma pérola é uma ferida cicatrizada. 

Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam
por esse tipo de movimento. 

A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, 
deixando as feridas abertas, alimentando-as com 
vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, 
não permitindo que cicatrizem. 

Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras" Vazias, 
não porque não tenham sido feridas,
mas porque não souberam perdoar, 
compreender e transformar a dor em amor.